domingo, 3 de agosto de 2014

Entendendo o risco


         Em finanças uma decisão é uma escolha irreversível entre várias alternativas de alocar
recursos e a incerteza é inerente a esse processo. O risco é uma consequência da incerteza, então nunca pense que você pode colocar seus investimentos nos chamados “sem risco” e esquecer dele. Em primeiro lugar, entenda que não existe investimento livre de risco. Em qualquer possibilidade para se fazer um investimento rentável você terá a possibilidade de sofrer uma perda no investimento. Você não pode evitar alguns riscos e é importante sempre manter isso em mente. Até com tipos de investimentos ditos “seguros” - como por exemplo a caderneta de poupança - existe o risco dos juros não acompanharem a taxa da inflação.
          Dito isto podemos nos referir a risco como a possibilidade de perda de uma parte ou todo o investimento. A maioria das pessoas pensa que um bom retorno nos investimentos pode ser conseguido com pouco ou nenhum risco. Infelizmente não funciona assim. Para alcançar objetivos financeiros você precisa assumir certos riscos e evitar outros.
         A percepção do risco torna-se então fundamental no estabelecimento dos limites e dos objetivos para as suas operações no mercado
          Se você procurar retornos maiores nos investimentos você deverá assumir riscos maiores.

Diminuição dos riscos
          É possível diminuir os riscos dos investimentos por meio da diversificação. Diversificar significa combinar em uma mesma carteira de investimentos ativos com características diferentes, pois ativos com características distintas tendem a obter retornos distintos e a seguir diferentes tendências. O objetivo da diversificação é conseguir os melhores retornos potenciais para um determinado nível de risco.
         Para uma diversificação satisfatória é necessário estudar como os ativos serão alocados no patrimônio
         Existem diversos tipos de riscos quando se fala em mercado financeiro mas, os mais comuns que afetam o patrimônio são:

Risco de mercado: é decorrente das mudanças nos preços dos ativos devido à alterações políticas, econômicas ou ainda de situações particulares das instituições que emitiram o ativo.
        Nesse aspecto vale ressaltar o uso de CDS (credit default swaps) são derivativos de crédito criados pelo JP Morgan, em 1997 tendo um valor de mercado estimado em US$ 24,8 trilhões em 2012, de acordo com o Barclays Plc.
        Um contrato de CDS envolve a transferência do risco de crédito de títulos municipais , títulos de mercados emergentes, títulos lastreados em hipotecas ou dívida corporativa entre as duas partes. É semelhante ao seguro porque fornece ao comprador do contrato, que muitas vezes possui o crédito subjacente, com proteção contra a inadimplência, um rebaixamento do rating de crédito, ou outro "evento de crédito" negativo. O vendedor do contrato assume o risco do crédito que o comprador não deseja arcar em troca de uma taxa periódica de proteção semelhante a um prêmio de seguro, e é obrigado a pagar somente se ocorrer um evento de crédito negativo.
        Um contrato de CDS pode ser usado como um hedge de política ou de seguro contra o não cumprimento de uma obrigação ou do empréstimo. Um indivíduo ou empresa que está exposta a uma série de eventos negativos de crédito pode transferir parte desse risco através da compra de proteção em um contrato de CDS. Isso pode ser preferível para a venda do título a título definitivo, se o investidor quer reduzir a exposição e não eliminá-lo, evitando impostos, ou simplesmente eliminando a exposição por um determinado período de tempo (fonte: investopedia)

Risco de crédito: é decorrente da possibilidade da contraparte não cumprir suas obrigações, parcial ou integralmente na data prometida. Desse modo, o risco de crédito consiste não somente em risco da contraparte ficar totalmente inadimplente com suas obrigações, mas também em apenas poder pagar uma parte de seus compromissos, após a data combinada.

Risco de liquidez: surge da dificuldade em conseguir encontrar compradores de determinado ativo no momento e no preço desejado. Um patrimônio acumulado durante anos para a aposentadoria deve conter ativos de alta liquidez para no caso de uma emergência sacar esses recursos rapidamente para utilizá-los. Não se deve esquecer a diferença existente entre ter uma situação econômica satisfatória e uma situação financeira com dificuldades. É necessário um equilíbrio. Um patrimônio acumulado durante anos para a aposentadoria deve conter ativos de alta liquidez para no caso de uma emergência sacar esses recursos rapidamente para utilizá-los. Não se deve esquecer a diferença existente entre ter uma situação econômica satisfatória e uma situação financeira com dificuldades. É necessário um equilíbrio. A falta de capital disponível imediato pode obrigar a pessoa liquidar investimentos de longo prazo antecipadamente, muitas vezes em momentos inapropriados, com prejuízo. Essa falta de organização financeira pode depreciar de forma significativa o patrimônio da pessoa. Como se supõe estratégias de uso do patrimônio ao longo do tempo é imperativo dar atenção para a liquidez dos ativos.