Não é fácil cobrir uns
85 anos ou mais de despesas
com 35 anos de salário
Várias
causa podem explicar os baixos níveis de poupança para
aposentadorias planejada. Em primeiro lugar, tendo renda suficiente
para sustentar uma família ao longo de uma carreira de trabalho de
35 anos não é fácil, mas no sistema de vida que temos requer que
você também poupe talvez 10% a 15% da sua renda, e que durante a
carreira de trabalho deve ser bem investida o suficiente para pagar
por vinte ou mais anos de aposentadoria.
Além
disso mesmo que você consiga poupar uma parte da sua renda por 35
anos e investir bem há a imprevisibilidade da vida: demissões,
despesas médicas, a educação dos filhos. Embora não devemos
“emprestar” nossas economias da aposentadoria para sobreviver a
todas essas situações de emergência, muitas vezes não há
alternativa.
Pode
parecer ruim ter que trabalhar 35 anos para cobrir 85/90 anos de
despesas mas temos a Previdência Social, os investimentos feitos ao
longo dos 35 anos e um estilo de vida para nos ajudar.
Há
que se notar que as gerações mais novas tem uma expectativa de vida
maior do que as gerações anteriores. A expectativa de vida aumentou
mas estes anos adicionais são anexados ao final de nossas vidas,
quando a renda ficou estagnada ou diminuiu.Preparando-se para se aposentar
Quando
estamos entre 5 e 10 anos da data planejada de aposentadoria é um
momento muito importante do planejamento para atender os nossos
objetivos. Até aí normalmente só pensamos em poupar e fazer com
que os nossos investimentos trabalhem para nós aumentando o nosso
patrimônio.
Então
uma questão a ser investigada é: O que fazer além disso daqui por
diante? Se você se sente confiante no seu planejamento você deverá
ter respostas objetivas para uma série de considerações pessoais
que devem ser abordadas em períodos regulares, talvez de dois em
dois anos como:
a)
Quando posso me aposentar?
b)
Quanto poupei e quanto continuo a poupar para manter o estilo de vida
imaginado?
c)
Como posso equilibrar a minha poupança com as necessidades das
pessoas que de certa forma
dependem de mim?
d)
Existem estratégias para diminuir impostos e taxas?
e)
O quanto vou depender da Previdência Social?
f)
Como a assistência médica pode afetar as suas despesas
g)
Se tenho dívidas de longo prazo, qual o plano para não tê-las na
aposentadoria
A
diferença entre poupar e investir
Poupar e investir
não são necessariamente a mesma coisa apesar de que algumas pessoas
usam os termos "poupança" e "investimento" de
forma intercambiável. Na maior partes das vezes, elas se referem a
objetivos de longo prazo como aposentadoria.
Por outro lado existem pessoas
que usam os termos para os mesmos tipos de abordagem para atingir um
objetivo, seja de curto ou longo prazo. Por exemplo, uma pessoa que
ainda está acumulando patrimônio para a aposentadoria pode pensar:
"quanto dinheiro eu deveria manter em minha poupança? Ou ainda
considerar que seu patrimônio é para emergências."
Agir como um investidor quando
você deveria estar agindo como um poupador ou vice-versa, pode ter
um impacto prejudicial real para os planos da pessoa que pensa em
aposentadoria.
A diferença fundamental é que
poupar é separar dinheiro para um objetivo a curto prazo como
adquirir uma casa ou trocar de carro, ou seja objetivos de poupança.
Pode ser que a pessoa acumule uma pequena parte dos recursos que
necessita com aplicações financeiras mas a maior parte da quantia
necessária terá que ser conseguida através de uma parcela da
renda.
Por
outro lado, o "investimento" é separar dinheiro para uma
meta de longo prazo, Os montantes necessários para a aposentadoria
são um exemplo, não são pequenos e, existe grande probabilidade de
que a única maneira de alcançá-los é com a ajuda do poder dos
juros compostos.
Aposentadoria bem sucedida
A maior parte das opiniões sobre a aposentadoria limitam-se falar de um dos lados da equação da aposentadoria, o dos investimentos. Como por exemplo, quanto de patrimônio é necessário acumular para a aposentadoria, de quanto pode ser as retiradas desse patrimônio para que dure enquanto você vive? Como deve ser investido esse patrimônio?. É claro que essas questões são fundamentais e, apesar de não existir uma resposta perfeita, há muitas alternativas.
Mas tão importante e não muito falado é o outro lado da equação que são os gastos, tão importantes quanto os investimentos. Apesar os gastos terem uma natureza individual muito grande deve-se debruçar sobre essa questão: Poderão as despesas serem menores na aposentadoria do que antes dela? Será que algumas despesas são realmente necessárias? Controlar os gastos é uma parte significativa e importante de uma aposentadoria bem sucedida. Nós temos mais controle e flexibilidade do que normalmente imaginamos.
Qual
o retorno real de seus investimentos?
Em qualquer cenário
econômico, antes de investir você provavelmente quer saber o que
você poderia esperar de retorno dos investimentos. Mas, para isso
você precisa entender a diferença entre retorno nominal e retorno
real, e como essa diferença pode afetar a sua capacidade de atingir
objetivos financeiros.
Hipoteticamente
vamos considerar que você tem um certificado de depósito bancário
(CDB) que está prestes a vencer. O rendimento sobre um novo CDB de
2anos que você está considerando é de 14%.
Os 14% é a taxa
nominal de retorno do CDB; ela não leva em conta a inflação e
impostos. A tributação para esse papel ( IR ) de 1 ano (361 dias)
é de 17,5% ou seja 2,45% será devorado pelo imposto sobre os juros.
Isso ainda deixa uma taxa de juros de 11,55%; tudo bem, ainda você
está ganhando uma boa taxa.
No entanto, você
também precisa considerar o poder de compra que o CDB paga. A
inflação pode afetar significadamente o seu poder de compra,
especialmente ao longo do tempo. Vamos dizer que os preços ao
consumidor subiram 9,0% em relação ao ano passado. O seu retorno
real será de 2,33% no período de 1 ano. O que resta após o impacto
da inflação e os impostos é o seu retorno real, porque isso é o
que você está realmente ganhando em poder de compra real. Se o
retorno nominal de um investimento é baixo, o retorno real pode ser
negativo, dependendo do imposto e a taxa de inflação ao longo do
tempo. Embora este exemplo hipotético não representa o desempenho
de qualquer investimento real, ele ilustra a importância de entender
o que você está realmente ganhando.
Compreender a
diferença entre o retorno nominal e real pode ajudá-lo a tomar
melhores decisões quando se trata de investir o seu dinheiro. Você
vai querer escolher os investimentos que correspondem aos seus
objetivos financeiros e tolerância ao risco. Em alguns casos, a
segurança de um investimento pode ser importante o suficiente para
que você aceitar um retorno real baixo; em outros casos, você pode
escolher um investimento que tem o potencial para um retorno real
superior, mas carrega um maior grau de risco.
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