domingo, 13 de setembro de 2015

Carga tributária bruta (% PIB)








Discriminação 2008 2009 2010 2011 2012 2013







Total (A+B+C) 34,5 33,3 33,5 35,3 35,9 35,9
União (A) 24,0 22,9 23,1 24,7 24,8 24,8
Orçamento Fiscal 9,1 8,1 8,2 8,8 8,7 8,7
Imposto de Renda 6,4 5,9 5,6 6,2 6,0 6,2
Pessoa física 0,5 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5
Pessoas jurídicas 2,6 2,4 2,2 2,3 2,1 2,3
Retido na fonte 3,3 3,1 3,0 3,4 3,4 3,4
IPI 1,2 0,9 1,0 1,0 1,0 0,9
IOF 0,7 0,6 0,7 0,8 0,7 0,6
Imposto sobre comércio exterior 0,6 0,5 0,6 0,6 0,7 0,8
ITR 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
IPMF 0 0 0 0 0 0
Taxas federais 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Demais 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1







Orçamento da Seguridade Social 12,4 12,3 12,4 13,1 13,3 13,3
Contrib. para Previdência Social 5,4 5,6 5,6 5,9 6,2 6,2
Cofins 3,9 3,6 3,7 4,0 4,0 4,1
CPMF - - - - - -
CSSL 1,4 1,3 1,2 1,4 1,3 1,3
PIS/Pasep 1,0 1,0 1,1 1,0 1,1 1,0
CPSS 0,5 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5
Outras contribuições sociais 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2







Demais 2,5 2,6 2,6 2,8 2,8 2,8
FGTS 1,7 1,8 1,7 1,8 2,0 2,0
CIDE 0,2 0,2 0,2 0,3 0,1 0,1
Salário educação 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
Sistema "S" 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
Outros 0,1 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1







Estados (B) 8,8 8,5 8,5 8,6 9,0 9,1
ICMS 7,3 7,0 7,1 7,2 7,5 7,5
IPVA 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6
ITCD 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Taxas - - - - - -
Previdência estadual 0,4 0,4 0,3 0,3 0,4 0,3
Outros 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5







Municípios (C) 1,8 1,8 1,8 2,0 2,1 2,1
ISS 0,8 0,8 0,9 0,9 1,0 1,0
IPTU 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
ITBI 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2
Taxas - - - - - -
Previdência municipal 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2
Outros tributos 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2







Produto Interno Bruto (PIB) 3.032.203 3.239.404 3.770.085 4.143.013 4.392.094 4.844.815
Fonte: Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)





terça-feira, 8 de setembro de 2015

Tolerância ao risco versus capacidade em assumir risco

        A alocação de ativos é a forma com que os investimentos são distribuídos em diversas classes de ativos entre renda fixa, renda variável e imóveis ( não necessariamente todos) com pesos estabelecidos cujo objetivo é diminuir o risco total desses investimentos pois cada um reage de maneira diferente face a volatividade do mercado.
         Lidar com o risco é uma questão individual e a abordagem tradicional de tolerância ao risco consiste em determinar através de questionário padrão o perfil do investidor, se é agressivo, moderado ou conservador e a partir daí então, oferecer investimentos consistentes com o resultado.
         Um problema com esta abordagem é que ela pode indicar investimentos desconectados da realidade dos objetivos da pessoa. Às vezes, o investimento será mais agressivo do que ele precisa ser para alcançar um dado objetivo. Por outro lado uma pessoa conservadora pode aceitar um investimento conservador que vai deixá-lo afastada de seu objetivo.
        Para evitar tais incompatibilidades, então, a abordagem da tolerância ao risco deve ser aplicada para as metas em si, e determinar se o objetivo e o investimento necessários para alcançá-las é consistente com a tolerância de risco do investidor. Se o risco do objetivo é muito alto, a solução não está em encontrar um investimento para atingir a meta, mas encontrar uma nova meta que seja menos arriscada para atingir e que a pessoa possa tolerar.
         Há uma distinção entre tolerância ao risco e a capacidade que uma pessoa tem em assumir risco. Tolerância ao risco é o desejo psicológico de aceitar a possibilidade de um resultado menos favorável, em busca de um resultado melhor. Algumas pessoas estão dispostas a tomar prejuízos razoáveis, se há o potencial de lucrar muito. Essa atitude é a medida clássica de uma alta tolerância ao risco. Já em relação a outras pessoas, as atitudes frente ao risco são mais conservadoras; elas preferem ter pequenos ganhos, para evitar o perigo de sofrer um prejuízo. Assim, aqueles com uma maior tolerância para o risco geralmente estão dispostos a assumir investimentos mais arriscados, enquanto aqueles que são avessos ao risco preferem carteiras mais conservadoras e entre esses dois extremos há uma grande variedade de situações.
         A capacidade de uma pessoa em assumir riscos está ligada em alcançar suas metas se ocorre um resultado desfavorável no investimento. Em outras palavras, independentemente de como a pessoa se sentem sobre o risco, se prejuízos acontecerem, como fica o objetivo? ainda é viável ou será abandonado?
         Tomemos um exemplo de duas pessoas avessas ao risco: Pedro está com 35 anos e tem planos de se aposentar aos 65 anos. Seu objetivo nessa época é gerar R$ 30.000,00/ano ajustados à inflação da época. Essa renda de seus investimentos complementará seu benefício da Previdência Social. Para isso ele fará investimentos ao longo dos de 30 anos para atingir um patrimônio equivalente a R$2.000.000,00 que gere essa renda. Nesse contexto, Pedro tem atualmente uma capacidade elevada para o risco; se há um retorno baixo de seus investimentos, ele ainda tem tempo para fazer contribuições futuras que permitam que o patrimônio se recupere antes que ele precise se apoiar nele para alcançar o seu objetivo. Esta taxa de retirada de 1,5 % ajustada à inflação é uma proposta bastante viável.
         Contrastando como exemplo anterior, Raul é um aposentado de 65 anos que tem ativos no valor de R$1.000.000,00 que precisam gerar R$ 50.000,00 /ano para apoiar a sua aposentadoria. Esta taxa de retirada de 5,0% ajustada à inflação é uma proposta bastante delicada, e um declínio significativo nos retornos dos investimentos poderia aumentar rapidamente a taxa de retirada, depreciando em termos reais o patrimônio. Neste contexto, Raul tem uma baixa capacidade em assumir riscos; se há retornos abaixo do esperado, ele não será capaz de recuperar o patrimônio e seus objetivos serão arruinados.
Em resumo nas situações acima a capacidade de risco é bem distinta da tolerância ao risco. Não é o quanto de risco essas pessoas poderiam psicologicamente suportar em seus ativos, é apenas o quanto de risco nos seus ativos poderiam tolerar e ainda atingir as metas originais.