A
inflação consiste nos aumentos
persistentes e generalizados dos preços dos bens e
serviços disponíveis para a sociedade. O contrário, a
diminuição, chama-se
deflação.
A inflação obriga uma quantidade cada vez maior de moeda no
pagamento de um bem ou serviço. Sem que tenha havido uma produção
maior de riqueza, esse aumento da quantidade de moeda gera perda do
poder aquisitivo da própria moeda.
A inflação corroendo o nosso poder de compra e nível de vida,
está sempre no fundo de nossas mentes. É por isso que é importante
entender a inflação para melhor proteção do seu potencial
impacto. Pode-se começar entendendo alguns pressupostos:
O
primeiro deles é a projeção da inflação. Há vários índices
que, usando diversas metodologias calculam a inflação, mas o
governo através do IBGE mede a inflação ao consumidor em um índice
denominado Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) que é o índice “
oficial”. O Conselho Monetário Nacional estabelece uma meta para o
IPCA e o Banco Central tem várias ferramentas para controlar a
inflação, incluindo mudanças na oferta de moeda e a taxa de juros
básica da economia, a Selic. Isso leva a crer que a inflação
parece ser fácil de domar, mas os economistas têm um histórico
ruim de projetar a inflação.
Os índices inflacionários conhecidos, calculados e publicados
periodicamente tomando como base uma cesta de consumo médio
incorrida pelas famílias brasileiras podem não refletir a situação
pessoal dessa família. Portanto um planejamento financeiro ficará
no mínimo incompleto se a pessoa não calcular o seu índice de
inflação pessoal.
Quanto
aos investimentos a inflação tem enorme importância sobre as
operações financeiras realizadas no Brasil. Em contextos
inflacionários, deve-se ficar atento para a denominada ilusão
monetária, ou rendimento nominal,
situação em que a inflação e a taxa real de juros tem
praticamente o mesmo valor. Por exemplo, se em determinado período a
inflação oficial foi de 0,6% e a taxa de juros de um investimento
também foi de 0,6% não há ganho real monetário, simplesmente o
poder de compra se manteve no período sob o mesmo ponto de vista
oficial.
Para um aposentado a inflação é o principal motivo de
preocupação, pois as retiradas do patrimônio e consequentemente o
padrão de vida sofrem um impacto direto da subida dos preços.
Mais importante do que os índices de inflação é a inflação
pessoal, pois o maior controle efetivo do equilíbrio financeiro dela
está nos gastos.
A economia utiliza várias medidas diferentes para a inflação, que
podem ou não se relacionar bem com a sua experiência pessoal porque
a sua taxa pode ser diferente. Índices gerais de inflação tendem a
ter impacto na renda da pessoas a partir de vários programas do
governo. Mas quando se trata do orçamento pessoal o que ajuda a ter
algum sentido é a taxa pessoal de inflação e, isso pode ser
bastante diferente dos índices da economia.
Assim
se a inflação pessoal for menos do que a rentabilidade do
patrimônio não há dificuldades em se manter o padrão de vida, mas
caso contrário medidas devem ser tomadas para que a depreciação do
mesmo seja o mínimo possível.