domingo, 8 de março de 2015

A inflação



A inflação consiste nos aumentos persistentes e generalizados dos preços dos bens e serviços disponíveis para a sociedade. O contrário, a diminuição, chama-se deflação.
A inflação obriga uma quantidade cada vez maior de moeda no pagamento de um bem ou serviço. Sem que tenha havido uma produção maior de riqueza, esse aumento da quantidade de moeda gera perda do poder aquisitivo da própria moeda.
A inflação corroendo o nosso poder de compra e nível de vida, está sempre no fundo de nossas mentes. É por isso que é importante entender a inflação para melhor proteção do seu potencial impacto. Pode-se começar entendendo alguns pressupostos:
O primeiro deles é a projeção da inflação. Há vários índices que, usando diversas metodologias calculam a inflação, mas o governo através do IBGE mede a inflação ao consumidor em um índice denominado Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) que é o índice “ oficial”. O Conselho Monetário Nacional estabelece uma meta para o IPCA e o Banco Central tem várias ferramentas para controlar a inflação, incluindo mudanças na oferta de moeda e a taxa de juros básica da economia, a Selic. Isso leva a crer que a inflação parece ser fácil de domar, mas os economistas têm um histórico ruim de projetar a inflação.
Os índices inflacionários conhecidos, calculados e publicados periodicamente tomando como base uma cesta de consumo médio incorrida pelas famílias brasileiras podem não refletir a situação pessoal dessa família. Portanto um planejamento financeiro ficará no mínimo incompleto se a pessoa não calcular o seu índice de inflação pessoal.
Quanto aos investimentos a inflação tem enorme importância sobre as operações financeiras realizadas no Brasil. Em contextos inflacionários, deve-se ficar atento para a denominada ilusão monetária, ou rendimento nominal, situação em que a inflação e a taxa real de juros tem praticamente o mesmo valor. Por exemplo, se em determinado período a inflação oficial foi de 0,6% e a taxa de juros de um investimento também foi de 0,6% não há ganho real monetário, simplesmente o poder de compra se manteve no período sob o mesmo ponto de vista oficial.
Para um aposentado a inflação é o principal motivo de preocupação, pois as retiradas do patrimônio e consequentemente o padrão de vida sofrem um impacto direto da subida dos preços.
Mais importante do que os índices de inflação é a inflação pessoal, pois o maior controle efetivo do equilíbrio financeiro dela está nos gastos.
A economia utiliza várias medidas diferentes para a inflação, que podem ou não se relacionar bem com a sua experiência pessoal porque a sua taxa pode ser diferente. Índices gerais de inflação tendem a ter impacto na renda da pessoas a partir de vários programas do governo. Mas quando se trata do orçamento pessoal o que ajuda a ter algum sentido é a taxa pessoal de inflação e, isso pode ser bastante diferente dos índices da economia.
Assim se a inflação pessoal for menos do que a rentabilidade do patrimônio não há dificuldades em se manter o padrão de vida, mas caso contrário medidas devem ser tomadas para que a depreciação do mesmo seja o mínimo possível.