quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Como chegar lá - Comprando o primeiro apartamento



        Em uma economia movida por crédito, pode-se comprar qualquer coisa, desde que se tenha a renda para garanti-lo. Devido a uma disponibilidade farta de empréstimos para habitação e perspectivas de aumento salariais, torna-se ainda mais fácil para jovens casais comprarem um apartamento.
       Se por um lado isso é muito positivo, deve-se atentar para aspectos que ficam ocultos pela euforia da compra para ajudar a tomar uma decisão equilibrada e bem pensada.
       Tomemos por exemplo Pedro e Isabel. Eles são um casal jovem, trabalham já alguns anos e querem comprar um apartamento, pois até agora pagavam aluguel esperando uma boa oportunidade.
        Quando eles procuram financiamento, eles são informados que a renda de Pedro permite um financiamento de máximo de R$ 480.000,00.
        Por outro lado, considerando o mesmo prazo de financiamento, se eles assumirem a dívida em conjunto o financiamento vai aumentar para R$ 750.000,00 significando assim que eles podem almejar um apartamento maior.
       Convém notar que a diferença de R$ 270.000,00 no início da dívida pode fazer uma grande diferença. Por exemplo, pode ser um pequeno apartamento no interior.
       Sob o ponto de vista do construtor e a instituição que financia não há problemas. Quanto maior o financiamento melhor pois o construtor terá o seu lucro e a instituição financeira terá mais receita de juros.
       Sob o ponto de vista do casal um financiamento maior é uma grande satisfação pois e talvez o maior argumento para assumir uma dívida maior é que os salários não permanecerão estáticos, crescerão ao longo do tempo de modo que a pressão das prestações irá diminuir.
        A compra de um imóvel para morar é o maior e mais importante investimento na vida da maioria das pessoas e, portanto desejam que seja o melhor possível. Comprar um apartamento pequeno agora e depois de algum tempo vendê-lo para comprar um maior não é uma estratégia comum e costuma ficar fora de cogitação. Por opção ou compulsão as pessoas sacrificam objetivos financeiros e materiais para satisfazer o ego e terem prestígio social.
       Algumas questões a serem pensadas e que todos concordam: perda repentina de emprego ou não ser capaz de obter aumentos salariais esperado. Quanto maior a dívida maior a ansiedade

A família

       Tomar a decisão de aumentar a família é uma tarefa difícil. O nascimento da criança é um momento decisivo para um casal e as prioridades podem mudar rapidamente. Aumentar a família significa assumir custos financeiros, tempo e esforço. Se o casal tomar um grande empréstimo, grande parte da renda será gasta no pagamento desse empréstimo. Note-se também de um ponto de vista médico não há uma idade máxima prescrita (normalmente 35) para as mulheres para o parto para além do qual a gravidez torna-se um caso de alto risco. Assim, um financiamento grande pode expor o casal em uma situação em que terão dificuldade em apoiar um filho com conforto.
        Além disso a esposa não será capaz de fazer uma pausa de emprego com o nascimento da criança. Crianças exigem tempo integral, atenção e cuidados, especialmente em seus primeiros anos.        Devido ao financiamento, a esposa não pode deixar seu emprego, mesmo provisoriamente Para ela, é então uma dupla responsabilidade de manter um emprego, bem como criar uma família que coloca uma enorme pressão sobre a sua saúde física e mental e também resulta em brigas entre os cônjuges.
        Assumir uma dívida para um apartamento menor pode facilitar para a esposa fazer uma pausa durante alguns anos até que a criança esteja crescida. Mais algumas sugestões a serem ponderadas na tomada de decisão:

a) Planejar o bebê.
b) Preparar-se para despesas mensais recorrentes adicionais devido ao nascimento da criança e escolaridade.
c) A esposa planeja fazer uma pausa no emprego para criar os filhos de maneira adequada?
d) Que tipo de educação se está esperando para a criança.
e) faça do pagamento do empréstimo o seu objetivo financeiro principal.
f) Tenha uma reserva de contingência.
e) Evite cartão de crédito ou novos empréstimos.